Embriagado de um silêncio áspero,
O antes já não cabe em seu tempo.
A ausência, roxa e fria,
De um EU senhor de si,
Rasga o peito, esmaga o hoje.
Oh, Natureza meticulosa!
Madrasta!
Despida, traz o véu entre os seios,
Astuta, tortura-me no belo,
Na simples complexidade dos filhos.
Estou aqui! Estava? Estanque.
Da boca que jorrava versos cálidos,
Que vacilava entre o sim e o talvez,
Hoje sobra repulsa, expulsa o sabor.
Aos braços, que carregavam o futuro,
Cabe juntar o entulho, o esqueleto da verdade.
Encontro-me nos outros,
Semelhantes tão diferentes
Quanto o que deve ser feito
E o feito de fato.
Ao espelho,
O resto de mim.
Descoberto.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
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